PS diz que suspensão de cheques-dentista é "insensibilidade enorme e estupidez económica"

O PS considerou hoje ser de "uma insensibilidade enorme e estupidez económica" a suspensão da atribuição de cheques-dentista, tendo em conta que é uma medida de saúde pública.
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"O PS ficou estupefacto com esta notícia de suspensão da atribuição de cheques-dentista, nomeadamente para as crianças e população mais carenciada", disse à agência Lusa o responsável pela área da saúde no Partido Socialista, Álvaro Beleza.

A suspensão da distribuição de cheques-dentista a crianças e jovens de sete, dez e 13 anos até ao final do ano é a manchete de hoje do Público, que justifica a medida com "razões orçamentais".

O socialista admitiu a possibilidade de existirem "abusos e exageros", mas considerou a suspensão da atribuição de cheques-dentista uma "insensibilidade enorme e estupidez económica", uma vez que é uma "medida de saúde pública que vai gerar poupança de meios financeiros ao longo da vida das pessoas".

Álvaro Beleza sustentou que os números indicam que a população portuguesa melhorou nos últimos anos a sua saúde oral.

"Era o que faltava voltarmos aos índices de subdesenvolvimento do terceiro mundo", sublinhou.

O responsável pela saúde no PS disse ainda que o Governo está a "cortar cegamente" em vez de fazer "uma política verdadeiramente cirúrgica de alto a baixo" no sistema.

"No Serviço Nacional de Saúde (SNS) é possível fundir serviços, hospitais, articular a gestão de cuidados primários e hospitalares, acabar com entidades que fazem a mesma atividade, de maneira a fazer poupanças de dezenas de milhares de euros ao erário público, mas para isso é preciso saber o que é preciso fazer em cada área", frisou, adiantando que "como não há essa capacidade ou coragem, opta-se pelo mais simples, que é cortar cegamente".

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